Imagina isso...
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Imaginando, por enquanto... |
Após um longo período longe das brassagens, surgiu-me uma ideia de uma "receita" cervejeira.
A época da ideia surgiu em fev/2020, ao observar que os panetones estavam sendo vendidos por um preço muito abaixo do que custava no natal, e também pelo seu prazo de validade estar próximo.
A ideia em questão foi uma cerveja de panetone ! Uh !
Pesquisei a existência de algum rótulo com essa ideia, e descobri a Walls Panetonne Ale !
Esta descoberta me deu mais segurança de prosseguir com a ideia, pois bateu o medinho da cerveja ficar uma bosta.
Com o peito estufado, de segurança, prossegui.
A receita foi montada com uma sobra de extrato de malte (DME) que eu tinha guardado em casa, junto com o lúpulo challenger. O complemento foi 250gr de panetone, em uma receita para 5 litros.
Optei por 5 litros, para poder fazer a cerveja em apartamento, usando utensílios comuns de cozinha. E também porque estava com preguiça de mobilizar todo o equipamento mais robusto na casa da minha mãe.
Resolvi torrar as fatias de panetone para trazer as "notas" tostadas para a receita.
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Iniciando a receita, torrando o panetone e separando o extrato de malte e o lúpulo. |
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Separando a água mineral. |
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Fatias de panetone torradas. |
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Panetone + extrato de malte + água mineral. |
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Saindo da mostura, coando o panetone/malte. |
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Coando para retirar o "trub" do panetone. |
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Separando o lúpulo em pellet. |
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Início da fervura ! Cheiro de malte ! |
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Fervendo, cuidando da espuma... pois a possível lambança é igual a leite fervendo. |
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Preparando a própria garrafa de água mineral como fermentador. |
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Aguardando o resfriamento. Levedura preparada ao lado. |
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Cerveja encaminhada para fermentação. Tampa adaptada com um sterilock. Ao lado meu cilindro vazio de CO2. |
Neste momento, após 2 semanas de fermentação, São Paulo encontra-se na primeira semana de quarentena por conta da COVID19 ! O que inicialmente seria uma cerveja para uma degustação em um churrasco entre amigos, será uma cerveja para tempos de quarentena ! O trabalho em homeoffice será muito mais bacana ! (risos).
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Após fermentação, a cerveja apresenta uma transparência inesperada ! Além do fermento decantado. |
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Sem a torneira do fermentador e sem o autosifão, a gambiarra foi coar a cerveja com o pano. |
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Fermento retido pelo coador. |
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Fermento residual na garrafa. |
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Após a limpeza da garrafa, preparação para maturação. |
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Engarrafamento para maturação. |
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Sempre há um cantinho na geladeira para a cerveja maturar. |
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Levedura e resíduo de lúpulo retidos pelo coador. |
Após 1 semana de maturação, é chegada a hora do envase. Nesta hora bateu a tristeza da quarentena, pois como meu cilindro de CO2 está vazio, não tenho como fazer a carbonatação forçada, e também por estarmos em quarentena e o estabelecimento para o enchimento do cilindro estar fechado. Com isso, optei por fazer o priming. Utilizei um açúcar mascavo que estava perdido em uma gaveta da cozinha. A quantidade foi 25gr para cerca de 4 litros, ou seja, 6,25gr por litro.
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Pesagem do açúcar mascavo. |
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Resíduo decantado de fermento da maturação. |
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4 litros de cerveja com priming envasada em um minikeg de 5 litros. |
Aguardando 10 dias de priming...
Em 08.04.2020, ainda em quarentena por causa do COVID19, é chegado a hora de provar a cerveja.
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Preparação do serviço |
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20 psi = 1,37 bar |
A carbonatação ficou abaixo do esperado ! A quantidade de açúcar mascavo para o priming não foi suficiente.
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Serviço |
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Apresentação |
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Conclusão |
Sim ! Minha expectativa estava alta, mas ficou abaixo. Carbonatação baixa, baixíssima retenção de espuma e apresentou off-flavor (defeito).
Não ! O drinkability (drinkabilidade) está médio-baixo, para o meu gosto. Nem uma notinha do panetone ! No entanto, está melhor do que algumas marcas comerciais (tipo brazilian pilsen) de baixa qualidade. Ou seja, não teria coragem de levar para um churrasco, o Conclave, com isso, bebe-la-ei aos finais de tarde de quarentena (uhu).
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